“O que você vai fazer no seu fim-de-semana de folga, Ohno-kun?” perguntou Sho. “Pescar?”
“Acho que não. Não tô afim de pescar agora.”
“É O FIM DO MUNDO! VAMOS TODOS MORRER! SALVANDO MULHERES E MASAKIS PRIMEIRO!” Gritou Aiba, correndo por todo o camarim.
“Aiba, já perdeu a graça.” Suspirou Nino do sofá.
“Sho-chan, pode me ajudar aqui?”
“Claro, Aiba.” Sho respondeu. “Qual o problema?”
“Eu preciso que você segure meus pés enquanto eu faço parada-de-mão.”
“…e por que você precisa fazer parada-de-mão?”
“Eu quero saber se a gente consegue engolir enquanto planta bananeira.”
“…claro, Aiba.”
“Nino, já te falei que é simplesmente impossível. Aposto 5000 ienes que você tá errado.” Sussurrou Sho enquanto ele, Nino e Aiba conversavam num canto do camarim.
“Eu tô te dizendo. Mas eu ficaria feliz de ganhar 5000 ienes porque você é um incrédulo. Tá, Aiba, vai lá perguntar pra ele.”
Aiba fez que sim com a cabeça e caminhou calmamente a um Jun calmo sentado no sofá.
“Jun, me diz uma coisa, você gosta das roupas que a gente usa nos shows?”
“Sim, bastante. Por quê?”
“Arg, acabei de perder 5000 ienes!” chorou Sho do outro lado da sala.
“Sou.”
“É meio engraçado como a cara do Sho incha toda de manhã.” Disse Jun assim que o Sho saiu do camarim para ir ao banheiro.
“Ele parece um tanto bobo nessas horas.” Adicionou Nino com deboche. “Quando a gente tava filmando ‘Yamada Taro Monogatari’, o produtor vivia reclamando disso.”
“Mas o que é mais engraçado é que não é só o rosto dele que fica inchado de manhã!” riu Aiba.
Jun e Nino olharam pra ele de forma cética.
“E como você sabe de uma coisa dessas?”
“É um segredo secreto.”
“Ei gente, eu fiz biscoitos ontem à noite. E eles estão bem gostosos. Agora, comam alguns!” cumprimentou Sho alegremente enquanto entrava no camarim.
Os outros quatro membros permaneceram quietos.
“Vamo gente, tô falando que estão uma delícia. Só, provem um, tá certo? Me esforcei cozinhando-os.”
“E agora você quer que a gente se esforce pra comê-los.” Respondeu Nino, seus olhos colados à tela do seu DS.
“Não seja mau, Nino-chan. Tenho certeza que eles estão bons.”
“Obrigado, Ohno-kun. Ó, toma um biscoito.”
“Ah, estão super gostosos Sho! Me dá outro por favor!”
“Pega; por nada. Viu, gente? Ohno-kun falou que meus biscoitos estão ‘super gostosos’; eu falei que estavam bons.”
“Isso ainda não prova nada, sabe. Vamos esperar dez minutos pra ver se ele sobrevive. Depois disso, vou pensar se provo um.” Disse Jun sem tirar os olhos da revista.
Dez minutos depois, Ohno ainda estava vivo e Jun e Nino tinham ido embora.
“Essa reportagem pode te interessar, Ohno-kun; é sobre uma mostra de arte.” Sho disse, jogando na mesa uma página de seu jornal. “Você devia ler.”
“Ah, obrigado, Sho-kun.” Ele respondeu, pegando a folha. Mas ele ficou afastando e aproximando o papel dos olhos.
“Ohno-kun, algum problema?”
“Não consigo ler, a letra é muito pequena.”
“O RIIDA TÁ VIRANDO UM VÉIO! ESTAMOS TODOS LASCADOS!” Gritou Aiba, correndo por todo o camarim.
“Você tá 9 anos atrasado, Aiba. A gente já sabia.” Disse Nino sem tirar os olhos do DS.
“Aiba, sinto muito mesmo em ter que dizer isso, mas seu bichinho de pelúcia sofreu um acidente. Infelizmente, ele foi declarado clinicamente morto.” Disse Nino com sofrimento fingido.
“PUNIIIIIIIIIIIIII-CHAAAAAAAAAAAAAAAN” Gritou Aiba, correndo do camarim em prantos.
“Nino. Me diz. Como pode um bendito dum bichinho de pelúcia estar clinicamente vivo?” perguntou Jun, sobrancelha erguida.
“Eu não sei. Mas parece que o Aiba acha que isso é possível.”
“AIBA!” Gritou Sho. “Pára de se esconder! Você tem que me explicar o que é isso!”
Com um riso envergonhado, Aiba apareceu de trás do sofá.
“Do que você está falando, Sho-chan?”
“Tô falando disso!” ele gritou, mostrando o jornal. “Por que tem fotos suas coladas em todas as reportagens?”
“Ah… Eu só pensei que você lembraria de mim assim.” Ele disse com um olhar penoso. “Eu apenas queria que o Sho-chan lembrasse de mim mesmo com toneladas de trabalho pra fazer.”
“Você é tão imaturo Aiba.” Riu sarcasticamente Nino do sofá.
“E você não fez o mesmo com o caderno de desenho do Ohno?” perguntou Jun, com deboche.
Enquanto Sho perdoava Aiba com um abraço, Nino permaneceu quieto.
“Aiba, você comeu meus giz de cera? De novo?”
“Mas Sho…”
“Aiba, você não é mais criança. Olha só, sua cara tá toda colorida e… Peraí. Você dividiu com o Riida?”
“Mas é que eles estavam muito gostosos, Sho.” Ohno disse com um beicinho.
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